terça-feira, 8 de julho de 2008

BUSines-quecível

Jéssica. Satisfação. Prazer eu deixo pra depois. Já andei muito por essas terras. Maior conquista na minha vida foi comprar meu carro, pude viajar e conhecer os lugares com maior disposição. Ele é seu e ninguém tasca, você que manda, ninguém te apurrinha. A não ser quando eu faço algumas besteiras no trânsito né. Por ironia da vida a gente até sente saudades daquele maldito ônibus (ou não), acho que o que me alegra são as várias boas histórias...

O ônibus...ahhh o busão! Sinto falta daquela vontade de matar todos ao meu redor, sinto falta das axilas exalando odores, de xingar o motorista quando freiava forte, sem contar que aquele marginal que pulava a roleta sempre ficava do meu lado, parece que eu tinha imã pra essas coisas, e ainda por cima na freiada ele me dava aqueeela encoxada. Desgraçados. Mas ô filhos d'uma puta que..., digamos assim..., agradava pelo aperto. Confesso, saí com 3 deles. Mas só aqueles acima da média, entende?

O último era um japônes do tipo muambeiro, sabe? O motorista deu oportunidade pro menino, ele fez sua graça, aí eu olhei pra ele e pensei: "Voocêêê?? Vindo da onde veio, com esse calibre todo?". Tive que verificar. Saltamos ali mesmo, enfiou a mão na calça dele e..., me tira um 38. Depois as munições. Despenso comentários sobre o resto da noite.

Mas voltando ao ponto, ou melhor, ao coletivo. Tinha dias que por milagre a pessoa sentada na minha frente saltava do ônibus. Mal a pessoa levantava eu já fazia aquela proteção pra não deixar ninguém sentar antes de mim, nem a pessoa saindo eu deixava sair direito. Ficava um tempo em pé pra sair aquele suorzinho da poltrona, e me acomodava. Quando vc pensa em relaxar, eis que surge aquele trabalhador, suado, cheio de sacolas na mão e adivinha? O meu ombro vira apoio de saco, e não era nenhum daqueles que ele carregava em sua mão...

As pessoas falam em dormir no ponto, ou seja, passar a vez, papou-mosca, etc e tal. Porém uma vez dormi no ponto, literalmente, é, no ponto de ônibus. Foi logo depois de sair bêbada de um show. Minha bunda amanheceu dolorida, prefiro acreditar que o banco do ponto não era tão confortável assim. Hoje quando passo de carro vejo aqueles trabalhadores com a cara encostada na janela dormindo, a babinha caindo, de vez em quando até uma melequinha escorrendo, uma beleeeza. Bate aqueeeeela saudade....de nunca mais voltar. Opa! A sineta tocou, é o meu ponto, vou ficando por aqui, tenham um bom dia.